Em alta exclusividade, conduzimos essa entrevista com Fabiola Lemos, onde discutimos o empoderamento feminino em um contexto mais amplo. Desta vez, ela trará à tona as experiências e desafios das mulheres que, através de suas ações e lutas diárias, estão redefinindo espaços e ganhando protagonismo dentro e fora da política. Fabíola também irá abordar como elas têm se destacado em diferentes áreas, construindo uma rede de apoio, superação e sororidade que vai muito além do que é tradicionalmente esperado.
Essa conversa é uma maneira inspiradora sobre as formas de resistência e empoderamento feminino, que continuam impactando e transformando suas comunidades.
Pedro Vaz – Bem-vinda, professora Fabiola Lemos! As eleições municipais mais recentes em Teresina trouxeram alguns pontos interessantes, mas, de forma geral, o cenário ainda parece familiar. Embora tenhamos visto alguns novos rostos na câmara, a sensação predominante é de continuidade em relação às dinâmicas políticas da cidade. Há uma percepção crescente de que, por décadas, Teresina permanece estagnada, enfrentando dificuldades para avançar de forma sustentável e inclusiva. Mesmo quando ocorrem mudanças, muitas vezes não se traduzem em progresso concreto para a população, especialmente em áreas sociais e de desenvolvimento urbano.
As eleições mais recentes trouxeram surpresas ou foi o mesmo “mais do mesmo”? Como você avalia o cenário político de Teresina, uma cidade que, por décadas, parece não sair do lugar? Quando há algum movimento, é sempre em uma direção que não aparenta progresso.
Fabíola Lemos – É preciso sempre, lembrar quem somos. O teresinense é um povo com forte tradição rural, religiosa e conservadora. Narrativas patriarcais, elitistas e de apelo individual têm muito espaço por aqui. O culto à meritocracia e a influência de uma classe média provinciana, sobre o imaginário das camadas populares, cria um ambiente de domesticação e permanência.
Temos uma cultura de estudo, porém, com poucas chances para a autonomia intelectual, isso reverbera em uma cultura política que oscila entre a indiferença e o clientelismo, com pouca margem para o voto de opinião.
O resultado é uma câmara municipal “arroz com feijão”.
Um breve olhar sobre o expediente daquela casa, lhe entediará com calçamentos, poços, titulações para agentes da sociedade civil, etc. Enquanto isso, temos demandas para muito além da estrutura física de nossa cidade.
Pedro Vaz – O poder econômico nas eleições municipais é um tema que frequentemente volta à discussão, mas por uma razão muito real e pertinente: sua influência é sentida de forma concreta, especialmente em cidades como Teresina. A questão do assédio econômico, que se manifesta de diversas maneiras, incluindo o assédio trabalhista e a coação de eleitores, é uma realidade que impacta diretamente o resultado das eleições. Empresas, grupos de poder e candidatos com maior acesso a recursos financeiros têm uma vantagem clara em relação àqueles que não possuem a mesma capacidade de investimento, o que reforça as desigualdades no processo eleitoral.
Em Teresina, essa questão parece ainda mais acentuada. Como você avalia o impacto do dinheiro nas eleições para vereadores? Como a influência econômica molda o cenário político local e afeta a representação real das necessidades da população?
Fabíola Lemos – As eleições estão cada vez mais caras.
A redução do período de campanha, para 45 dias (antes eram 3 meses), tinha como apelo a redução dos custos e, consequentemente, maior democratização.
Não deu certo. As campanhas hoje, duram praticamente seis meses.
Quem tem estrutura na máquina pública, apadrinhamento empresarial e político, tem chances de arregimentar base. Quem não tem, precisa esperar pelo fundo eleitoral que só sai 15 dias após o início da campanha. Lembrando que, o senso comum, não compreende a importância do fundo eleitoral para que os mais pobres possam ao menos pensar em se candidatar.
A direita demagoga, é adepta da crítica hipócrita, ao fundo eleitoral, da mesma forma que é cínica ao criticar os privilégios políticos, ao passo que é integralmente financiada por bancos, planos de saúde e grandes corporações privadas, para fazer valer os interesses desses segmentos.
Às candidaturas pobres, o apelo à “criatividade”, ou “confiar na vontade de Deus”. Aos pobres a “ética”; aos ricos “os amigos”.
Pedro Vaz – Em Teresina, como em várias partes do Brasil, o conceito de “voto de opinião” — onde o eleitor prioriza propostas, ideias e o histórico dos candidatos em vez de benefícios imediatos ou apelos financeiros — ainda encontra desafios para se consolidar. É uma pauta que sempre surge em períodos eleitorais, mas, na prática, vemos que muitos votos ainda são influenciados por promessas de favores, pressões financeiras ou vínculos pessoais.
Com uma população que, em grande parte, enfrenta problemas socioeconômicos, há uma dificuldade real em criar um ambiente onde o voto consciente, baseado puramente em ideias e propostas, prevaleça. Nesse contexto, o apelo do dinheiro, das trocas de favores e das alianças políticas tem um peso significativo. Isso levanta a questão: existe realmente abertura para o “voto de opinião” em Teresina, onde as propostas dos candidatos possam superar a influência do poder econômico?
Como você vê essa realidade na cidade? É possível vislumbrar uma mudança nesse padrão eleitoral?
Fabíola Lemos – Tem lugar para o voto de opinião da Direita, pelo mesmo motivo que, em Teresina, há amplo lugar para a hipocrisia em todas as outras dimensões da sociedade.
Um povo que nega o conflito existente; nega os fracassos e a tristeza cotidiana de seus jovens; se faz cúmplice à violência sexual contra crianças e o trabalho escravo de meninas trabalhadoras domésticas. O mesmo povo ressentido que se diz indignado com os privilégios políticos, mas reforça e aplaude todas as formas de privilégios sociais.
O que adianta criticar a corrupção, sem ter a coragem para criticar a corrupção do sistema financeiro?
O voto de opinião de esquerda, por sua vez, encontra pouquíssima ressonância. Os potenciais eleitores para esse segmento político, assim que podem, vão morar bem longe de nossa cidade tóxica.
Padecemos dessa maldição: um povo inteligente e criativo, que não aguenta viver em sua própria cidade. Estaríamos fadados a esse ciclo maldito e interminável?
Pedro Vaz – Recentemente, vimos o sucesso nas urnas de um suposto ‘jornalista’, cuja ligação com um viés extremamente conservador e características persecutórias é evidente. Esse candidato, que sonhava há muito tempo com uma cadeira na Câmara Municipal, conseguiu solidificar sua base de apoio principalmente por meio de uma rede estadual de contatos e fortes conexões com grupos de extrema direita nas redes sociais. O crescimento de movimentos como esse em uma cidade como Teresina pode ser explicado, em parte, pela onda de polarização política no país, onde discursos radicais e simplificados ganham força, além do uso massivo de desinformação e manipulação emocional nas plataformas digitais.
Uma ironia é que, embora ele tenha criado um “portal da transparência” e use suas redes para um atendimento virtual que mais parece uma perseguição a diversas figuras públicas, sua própria imparcialidade é bastante questionável. Em um vídeo, ele foi visto criticando sua atuação ao colocar adesivos em alguns pontos do centro da cidade, mas curiosamente não me recordo ou não recebi informações de ser visto criticando uma outra candidata da mesma base de extrema direita que ENTUPIU a entrada do estacionamento do Parque da Cidadania com adesivos em um muro e adjacências. Ou seja, aquela imparcialidade que ele tanto clama parece ser algo que ele mesmo ignora quando convém.
Como você explica o crescimento desse tipo de movimento em uma cidade como Teresina, que por si só possui pensamentos incoerentes?
Fabíola Lemos – Mais uma vez, o DNA da hipocrisia que nos constrói enquanto sociedade.
A famosa “narrativa” política, é parida pela desonestidade intelectual, que se vale de uma característica da psiquê humana: a flexibilidade ética, nos julgamentos.
Francis Bacon, filósofo que muito escreveu sobre a necessidade de domar os “ídolos”, para compormos um julgamento, já falava sobre a tendência humana a adaptar o conhecimento à sua própria conveniência (caverna).
Isso na política é um doce para atrair uma sociedade pouco afeita a enfrentar suas próprias contradições.
Fico aterrorizada com a frieza com que Petrus e outros psicopatas morais, agem.
Sem qualquer responsabilidade com a sociedade perigosa que cultivam, destroem reputações, estimulam a violência política e emburrecem jovens pela passionalidade e ressentimento.
A maioria de seus eleitores, pessoas de classe média, frustradas em suas expectativas empreendedoras, gays incubados, consumidores do lixo cultural que a sociedade de massas produziu. Tenho absoluta convicção de que ele faz isso, de forma consciente e deliberada, para enriquecer servindo de “testa de ferro” da elite mais letal de nosso estado.
Pedro Vaz – Para a esquerda, parece ser sempre mais difícil conquistar espaço, especialmente em cenários dominados pelo poder econômico e pela narrativa conservadora. Por que isso acontece, na sua opinião? Quais são os principais desafios que os partidos de esquerda enfrentam nas eleições locais?
Fabíola Lemos – Já peço desculpas pela, minha insistência em uma análise mais voltada para o campo da psicologia social, mas vejo que, nos nossos tempos não podemos desconsiderar esse debate.
Veja, para demarcar posição, os partidos de esquerda, por vezes, precisam ter o PT como bode expiatório para todos os males do país. Acusam o PT, pela ausência nas comunidades, porém, após quase três décadas de institucionalidade, partidos como Psol e PSTU não conseguiram, nem de longe, alcançar o PT no imaginário popular, enquanto partido que representa os mais pobres.
Existe um fenômeno internacional de redefinição do mundo do trabalho, que trouxe consequências para o movimento sindical e para os partidos de esquerda. O PT, enquanto partido de massas, sofre esses abalos em uma dimensão que ainda estamos longe de conseguir acompanhar ou ao menos discutir. Ou acompanhamos esse movimento, observantes à Lei da Dialética, ou continuaremos nessa obsessão de tratar as transformações de forma moral: “O PT que se corrompeu com o poder”.
Perceba como a tentação pelas explicações morais, são de um senso comum tosco e perigoso.
Em Teresina, a sensação é de estarmos enxugando gelo, tão somente para garantir a demarcação política de partidos que não conseguem avançar nenhum passo, tanto na política eleitoral como nos movimentos sociais.
Pobre Teresina de pouca sorte!
É como se tivessem enterrado uma cabeça de jumento por aqui.
Haja sectarismo e desonestidade, para dizer que o PT na prefeitura é tão perigoso quanto a Direita bolsonarista.
Ainda que a votação da esquerda antipetista não seja volumosa a ponto de reverter a derrota de Fábio Novo, há de se levantar o fator psicológico para nosso campo. A eleição passa, e somos nós que continuaremos na calçada, em frente à prefeitura, lutando contra o poder de sempre.
Pedro Vaz – Levando em conta a mesma linha de raciocínio. A base da esquerda em Teresina parece mais uma versão multiversal de ramificações, onde os grupos nunca se encaixam e acabam caminhando sob trilhos diferentes, prejudicando não só o coletivo, mas até mesmo aqueles que estão na mesma base. O que você poderia nos contar sobre as recentes divisões e conflitos internos que ocorreram em Teresina, e como isso impactou a atuação da esquerda nas eleições? Quais são as consequências dessa falta de unidade para as perspectivas futuras do movimento progressista na cidade?
Fabíola Lemos – No Brasil, para a Esquerda a questão “moral”, ainda é um grande problema, tanto para nossos quadros, quanto para nossa organização estratégica.
Maquiavel já nos ensinava, há quase 600 anos atrás, que política não se faz com moral religiosa.
É estranho, mas é à Esquerda quem executa a política verdadeiramente religiosa que existe.
A Direita, ao contrário, faz da religião um Marketing, da forma mais ateia e pragmática possível.
Não há como ganhar a classe trabalhadora com discurso de mãe que “ralha” com o filho.
Por vezes o moralista, não tem compromisso com a revolução, ao contrário, usa a política como válvula de escape existencial.
O combate ao patriarcado não se faz via boicote, cancelamento ou outras estratégias estéreis, utilizando o constrangimento moral.
Luta de classes não é uma questão moral. Cientificamente falando, trata-se de disputa de interesses.
Quem poderá dizer que “interesse” é uma propriedade moral? No máximo, quando se trabalha com a dimensão classe, se trabalha com uma dimensão coletiva. Mas há de se entender que a coletividade em questão, não é dotada de apelos cristãos, e sim da luta pela sobrevivência em um sistema que, todos os dias, nos mata enquanto classe.
Creio que isso se deva ao “sequestro” do pensamento de esquerda pela teologia da libertação ou mesmo, pelas demandas de uma classe média branca, cada vez mais presente, que precisa se sentir empática a causas nobres, para seu próprio conforto espiritual. Como consequência, as demandas individuais acabam se sobrepondo às questões coletivas, enquanto nos intoxicamos reproduzindo o mesmo veneno que nos aprisiona.
Pedro Vaz – Existe uma resistência notável em Teresina quando falamos em mudanças mais progressistas, especialmente em relação a questões de justiça social, direitos humanos e à causa LGBTQIA+. Essa resistência é particularmente preocupante, considerando o alarmante crescimento da violência contra as mulheres na cidade. De acordo com dados do Mapa da Violência 2022, o Piauí é um dos estados com as taxas mais altas de feminicídio, e a cada 30 minutos, uma mulher é agredida no Brasil, refletindo uma realidade igualmente dura em Teresina. Este ano, o Brasil continua enfrentando sérios desafios relacionados à violência contra as mulheres, refletidos em alarmantes estatísticas e iniciativas de conscientização. No Piauí, por exemplo, foram registrados incontáveis homicídios contra mulher, o que destaca a urgência de uma resposta eficaz. Autoridades locais, como Zenaide Lustosa, Secretária Estadual das Mulheres, enfatizam que a transformação educacional é fundamental para combater esse tipo de violência e que as políticas públicas devem ser robustas e bem financiadas
Além disso, a cidade possui poucos espaços culturais dedicados à inclusão social, dificultando ainda mais a promoção de um ambiente de respeito e dignidade para todos os cidadãos. É importante ressaltar que, muitas vezes, é mais fácil criticar uma mulher que foi estuprada ou que está buscando um aborto do que confrontar o próprio estuprador. Isso é evidenciado por um discurso que foca na crítica a iniciativas de saúde pública, em vez de incentivar a criação de leis mais rigorosas contra o estupro e a violência sexual. O que você pensa sobre essa dinâmica de resistência e o papel que ela desempenha na perpetuação da violência e da desigualdade em Teresina? Na sua visão, quais são as barreiras que impedem que esses temas avancem politicamente na cidade?
Fábiola Lemos – Teresina precisa quebrar a mística, do viver de aparências.
Tem um livro fantástico que trata sobre nossas piores maldições legadas pelo provincianismo.
Chama-se “O Suicídio do Escultor”(Antônio Agenor Briquet de Lemos e Francisco Phelipe Cunha Paz).
O livro conta sobre o suicídio de Sebastião Mendes de Sousa, que entalhou as portas da Igreja de São Benedito. Racismo; saúde mental; valorização de uma felicidade de aparências; negação de conflitos e elitismo. Todos os males que atravancam nosso desenvolvimento.
Pedro Vaz – Nas eleições de 2024 no Piauí, candidatos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tiveram um desempenho notável no Piauí. Em Teresina, embora não tenham obtido a prefeitura, candidatos do PT, como Fábio Novo, alcançaram a maior votação histórica para o partido na cidade, mostrando uma tendência positiva para as próximas eleições e a importância da base progressista na capital.
Dados de diversas eleições mostram que, em geral, candidatos progressistas enfrentam mais dificuldades em consolidar suas bases, enquanto candidatos conservadores, muitas vezes vinculados a grupos religiosos ou econômicos, encontram mais facilidade. Você acredita que o eleitorado teresinense está preso a padrões tradicionais de voto? Ou há esperança de uma virada progressista no futuro?
Pedro Vaz – Teresina clama por mudança, mas sempre ouvimos a frase “Ah, mas ele fez uma boa gestão”. Essa justificativa parece ser a razão pela qual a cidade continua estagnada, como se estivesse presa em 1900, sem evoluir e entregue ao atraso. Por que você acredita que essa mentalidade persiste? E o que realmente impede a cidade de progredir?
Pedro Vaz – Qual é o futuro político que você imagina para Teresina nos próximos anos? Existe a possibilidade de uma renovação real, ou estaremos fadados a repetir os mesmos erros? O que precisa mudar para que a cidade tenha uma progressão positiva?
Inclusive, volta e meia costumo refletir com outras pessoas que o país está caminhando mais uma vez para eleger um mais novo extremista. Você chega a concordar com isso?
Fabíola Lemos – Enquanto não educarmos nossas crianças e jovens para a autonomia intelectual e emocional, estaremos fadados ao entristecimento típico de nossa cidade.
Sem uma educação libertadora, continuaremos a projetar as figuras políticas mais nefastas para nossa cidade.
Precisamos atacar o “caldo de cultivo” que prolifera demagogos em nosso meio político. Caso contrário, a tendência é piorar muito.
Particularmente, perdi a conta dos inúmeros relatos de jovens violentados pela impossibilidade de um diálogo franco com seus pais, que não encontram na escola o acolhimento necessário para uma vida emocionalmente saudável.
Pedro Vaz – Certa vez, em uma roda de conversa, surgiu uma dúvida sobre o porquê de tantas pessoas, especialmente jovens, estarem deixando Teresina para tentar a vida em outras cidades, com destaque para Fortaleza. A resposta parece ser clara: a falta de oportunidades e a decadência cultural. Você pode comentar sobre essa “fuga de cérebros” e nos dar um panorama da realidade negativa que Teresina enfrenta em termos de cultura e desenvolvimento?
Pedro Vaz – Professora Fabiola, considerando suas excelentes ideias e a continuidade do trabalho do comitê ativo, quais são os planos e passos que você pretende implementar em 2025 para revitalizar o centro da cidade de Teresina e garantir que as necessidades da população sejam atendidas, independentemente do resultado das eleições?
Agradecemos pela sua participação e estamos ansiosos para ver como suas propostas se desenvolverão!
Fabíola Lemos – São muitos planos. Sonho com um espaço de referência para as juventudes. Com pré-vestibular popular, restaurante popular, espaço para oficinas de arte e convivência.
Já conseguimos o espaço físico e estamos nos organizando para o financiamento desses projetos. Precisamos de educação patrimonial para cessar a destruição de nosso Centro histórico; incentivo aos coletivos de arte quem vem das periferias da cidade; lugares de referência que salvam vidas pela arte e pelo conhecimento.
Se não conseguimos fazer pela via eleitoral, buscaremos via instrumentos disponíveis à Sociedade Civil.
O importante é não se entregar.
Que ninguém se deixe domesticar em seus sonhos e suas possibilidades.
Para mais informações, bate-papo e contato:
https://www.instagram.com/fabiolateresina/